sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O que você ganha com isso? ISSO? NÃO VAI DAR EM NADA!

“Aquele que salva uma vida humana,
de fato salvou a Humanidade.”

Jardim dos Justos, Jerusalém – Israel.






INTRODUÇÃO



O MEDO



É uma perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente, que pode vir a determinar um acontecimento funesto na vida de um homem ou de uma sociedade inteira.
Ele é o agente causador da indolência coletiva, principal razão da profunda falta de mobilização social deste Município.
Aqui o medo adquire várias formas e vários graus, pessoas que tem medo de perder seus privilégios, posição social, seus benefícios, etc. Além dos que tem medo pela vida, familiares, saúde, casa, emprego, etc.
O medo crônico leva a população a desconfiar de tudo e de todos, leva a crença de quem trabalha no controle social só o faz por possuir aspirações políticas, a final o que você ganha como isso? Essa é a pergunta que não se cala, sempre é repetida e cobrada. Será ela fruto do Medo? Quem sabe?
Quem sabe se o medo ou sua irmã a insegurança que leva o Homem de Bem a se calar, neste Município há inúmeros homens capazes de lutar pelo bem coletivo, então, porque não o fazem?
A insegurança provocada pela incerteza pode ser a explicação, porém, quando as pessoas se acham incapazes de lutar e de mobilizar isto configura que o medo venceu, ele, o homem, está agora paralisado, não representa mais perigo a nada e nem a ninguém. O sistema alcançou o seu maior objetivo, paralisou a sociedade.





FORMAÇÃO DA SOCIEDADE




Vocação Econômica:




A Sociedade Sanclerlandense é constituída por emigrantes oriundos do Estado de Minas Gerais, que adquiriram glebas de terras em Goiás e com suas famílias se transferiram para estas terras, trazendo consigo as famílias de seus agregados, formando um núcleo social inicial, baseado economicamente na agricultura e pecuária.
Com o surgimento e posterior desenvolvimento de um núcleo urbano, iniciou-se o processo de êxodo rural, inicialmente com os trabalhadores rurais, provocado pela Lei de Reforma Agrária, enquanto que os donos das terras adquiriram imóveis urbanos com a finalidade de estabelecerem uma base na cidade em formação. Contudo, a economia continuou sendo sustentada pela agricultura e pecuária.
Até meados do ano 2000 este aspecto econômico permaneceu inalterado, excluindo-se o setor de serviços, que na cidade se desenvolveu para atender as necessidades da população, motivo que levou mais uma vez a população rural a emigrar do campo para a cidade atrás de empregos e melhor condição de vida. Porém, este fenômeno só fez agravar o êxodo da população da cidade, que se desloca para um grande centro em busca dos mesmos ideais que geraram o êxodo rural.
É por volta deste período que aparece o embrião da indústria de confecção na cidade, antes indústria era sinônimo de beneficiamento de leite ou beneficiamento de cereais.
Como a vocação deste Município é e ainda continua sendo a agropecuária, foi visto com certa descrença, este processo de transformação do pólo agropecuário para o de confecção. Os custos para a implantação desta transformação são enormes e devem ser pagos por alguém. A vocação para a agropecuária é tão forte que a Unidade Universitária de Sanclerlândia da UEG (Universidade Estadual de Goiás) aqui estabeleceu o Curso Superior em Administração em Agronegócio, o que referenda a opinião sobre a vocação econômica do Município.
Não se está pré-julgando se é correto ou errado a mudança ou implementação de mais um campo econômico, o que se busca demonstrar é o grande valor monetário que é necessário para se criar condições para tornar auto-sustentável esta nova atividade econômica e o valor social que o Município deve desprender para tornar a atividade viável.
A diferença entre o poder de se auto-sustentar, sem a intromissão do Poder Público, dinheiro público, e o quanto de benefícios sociais que a perda deste contingente de verbas irá trazer, é o que deveria estar sendo discutido pela Sociedade. Os subsídios do Governo Municipal, que acaba por gerar uma forma de renúncia de receita, seja pelos incentivos dados aos proprietários das confecções, sejam pela renúncia direta de impostos e taxas, culminaram no descumprimento parcial ou total das responsabilidades, Constitucionais, pelo Município de Sanclerlândia, no período de 2001 a 2006.




Vocação Política:





A Política Partidária no Município de Sanclerlândia é distinta das grandes cidades do Estado de Goiás, Contudo, segue a linha geral dos pequenos Municípios do Brasil, onde a Familiocracia comanda as linhas básicas da Política.
Devido a este aspecto social da Política, a sociedade encontra-se estratificada, ainda hoje, em uma pirâmide sócio-política onde o ápice é representado pelas oligarquias do Município, que muito embora possuam sobrenomes distintos, todas mantêm laços de parentesco, direto ou indiretamente. Daí se observar no Poder Político do Município nomes como: Mendonça, Rodrigues, Lopes, Faria, Martins, Campos, Lagares, todos sempre na alternância do Poder, ora ocupando cargos no Executivo, ora ocupando cargos no Legislativo, porém, sempre estando presentes no Poder.
A segunda camada, após o ápice, é constituída pelas pessoas que embora não tenham estes sobrenomes, mantêm com eles, laços de parentesco, através de casamentos e batizados.
A terceira camada é constituída por correligionários políticos, pessoas que estão sempre a serviços destes Políticos, e muitas vezes, acabam por receber algumas migalhas do Poder.
A Base e última camada é a mais emblemática, não recebe nada de Poder, é a maior, no aspecto numérico, e assim mesmo, só é lembrada na época das eleições. São os inúmeros eleitores deste Município, por não estarem comprometidos com a Sociedade Organizada acabam reféns dos Políticos Profissionais.
Não que a sociedade organizada seja uma maravilha e resolva os problemas de todos, nela também irão se apresentar pessoas para se aproveitarem das situações e explorá-las no aspecto político. Entretanto, dentro da sociedade organizada são encontradas, sempre, pessoas utópicas, com desprendimento, que buscam não só o bem comum, como também instruir os seus elementos, para que eles, de posse das informações, não sejam iludidos pelas promessas de campanha dos Políticos Aproveitadores. E venham a ser homens e mulheres livres, capazes de escolher seu próprio caminho, e ao fazê-lo, transformem a realidade do Município, do Estado e quem sabe, do País.














SOCIEDADE CONTROLADA



O Estado estabelece seu controle sobre a sociedade através da criação de uma ideologia.
A Ideologia, que se pode dizer ser a maneira de pensar própria de um indivíduo, que cria um conjunto próprio de idéias e o impõe sobre um grupo de pessoas.
Entretanto, neste caso, não é o Estado, sinônimo de País ou espaço territorial, que cria uma ideologia, mas sim o Governo, neste caso, o Governo Municipal, que ao criar sua ideologia tenta a todo custo justificá-la, torná-la viável e aceita pela maioria da população do Município.
Para sua propagação o Governo utiliza de todos os meios de comunicação para transmitir sua mensagem ou imagem. Não necessita ter compromisso com a verdade, não necessita respaldo na coisa concreta e factível, não precisa de nada, só a palavra de seu idealizador, que sendo uma pessoa carismática, convencerá a todos que tudo é feito para o benefício da comunidade e felicidade de todos, portanto, tudo é justificável.
Ao implantar uma ideologia acaba-se por criar um mito, algo utópico, onde por vezes, as pessoas são levadas a serem controladas, acreditando que as coisas possam ser feitas e conquistadas apenas através da força de vontade, geralmente isso acaba no caos.
No Município basta uma visita aos prédios públicos municipais, que logo se verificará que existe algo de errado. Após ver as instalações do Posto de Saúde Central ou a Sede do Poder Executivo, todos caindo aos pedaços, logo a pessoa poderá começar a pensar e questionar o desenvolvimento econômico e social do Município.
O Mito em torno de uma idéia constitui-se numa muralha que impede as pessoas de realizarem uma correta observação dos eventos, que podem vir a se constituir um acontecimento desastroso para o Município e para as pessoas que acreditam nesta idéia, além de ser virtualmente danosa a toda a sociedade.
O criador do mito é normalmente visto como um líder democrata, porém, de democrata não tem nada, ele é um fervoroso adepto do totalitarismo e é incapaz de compreender a vida em uma sociedade aberta, não sabe falar a voz do povo, impõe sua vontade através do terrorismo de Estado. Sua afirmação se dá pela distribuição de benefícios há uns poucos, porém, selecionados colaboradores, praticamente utilizando os meios dos narcotraficantes, que dão a droga de graça até viciar o indivíduo, depois lhe rouba a alma.
Os que não concordam com suas idéias e são contra a sua vontade, ele diz, devem ser castigados e colocados a margem da sociedade, assim ridicularizados, as pessoas devem ser excluídas da vida social, do nosso convívio.




RECEITA DE COMO ELIMINAR UM HOMEM E UMA SOCIEDADE


A desilusão, a desesperança, os sonhos que não podem mais ser sonhados e a falta de perspectiva de uma vida mais digna, criam uma enorme ferida na alma do ser humano, que fraqueja, se rebaixa, se desmoraliza e finalmente se anula. Pode ser que o orgulho, ainda presente, ou a vergonha de admitir que se compadeça com o próprio sofrimento, ou simplesmente, por não saber como, ele não seja capaz de pedir ajuda. Então, mergulha de cabeça no universo das trevas, da autodestruição, busca o caminho das drogas, lícitas ou ilícitas, como via mais rápida de se libertar da vida. Almejando se livrar dos fardos e tropeços que vida nos presenteia, diariamente. Porém, o ser humano perdeu o senso crítico das coisas e não é capaz de sozinho lograr o caminho da sua redenção. É aí que entra o trabalho da sociedade, agindo como um só corpo, recuperando estes indivíduos e conseqüentemente ela mesma.
A sociedade ao fracassar na recuperação dos sonhos de um homem, também fracassa como uma sociedade livre. Este insucesso irá determinar a sua estagnação. E com o passar do tempo a sociedade irá acreditar em tudo o que lhe é dito, sofrendo calada e considerando isso tudo como obra do destino, porém, não é capaz de ver que o nosso destino é obra de nossa própria criação.



































O CONTROLE SOCIAL



O Controle Social necessita primeiro estabelecer os termos que o compõe. Na busca de traduzir estes termos, tão temidos, para o populês e obter a seguinte explicação sobre o que vem a ser sociedade. Sociedade é o meio humano no qual uma pessoa se acha integrada, que ao se juntarem para viver associadas umas a outras, acordam com uma lei que lhes é comum.
Depois o que vem a ser Controle Social? É a forma que o poder é constituído, democraticamente, pelo voto, secreto e universal e tem como principal objetivo forçar o GOVERNO a ver sua política pela ótica da sociedade. Desta forma, a sociedade será capaz de impor a sua vontade, seus sonhos, suas carências e de criar mecanismos eficientes de fiscalizar a atuação do Governo.
Um lembrete, o Controle Social nunca deve atuar como Governo e é sim o seu dever auxiliá-lo.
Hoje o que ocorre é um Controle Social às avessas é o Governo controlando a Sociedade e impondo sua ideologia, às vezes de forma truculenta, através do terrorismo de Estado, pressão psicológica, imposição de um comportamento pela força bruta, ameaças, constrangimentos e outros meios não muito ortodoxos.
O Controle Social é prejudicado pela visão dos Políticos arcaicos que não possuem a capacidade de compreender os auspícios da sociedade, ele só entende e pensa em seus próprios problemas e age de maneira corporativista, ajudado por outros de sua natureza. Que se dane o povo. Agora com uma sociedade transfigurada, os políticos agindo segundo os seus próprios interesses, como pensar em alguma forma de Controle Social?
Seria necessária inicialmente a mudança de comportamento, dos políticos, que deveria pensar no Governo como uma forma de sacerdócio, uma doação de tempo e horas de lazer, como forma de ajudar a coletividade, principalmente nos pequenos Municípios deste Brasil. Desta forma, a sociedade e o Governo trabalhariam juntos para alcançar os caminhos para o desenvolvimento econômico e social sustentável, através de uma política de Estado e não de Governo.
O controle social é aqui entendido como o controle sobre o Estado pelo conjunto da Sociedade Organizada em todos os segmentos sociais. Evidentemente, esse controle deve visar o benefício do conjunto da sociedade, e deve ser permanente. Por isso, quanto mais os segmentos da sociedade se mobilizar e se organizarem, maior será a pressão e o resultado, para que seja efetivado o Estado Democrático. Assim, a democracia representativa que aguarda a cada quatro anos, a eleição de representantes da sociedade (Poder Executivo e Legislativo), passa gradativamente a se completar com as várias formas de Democracia Participativa, que as conquistas sociais e democráticas vão realizando. No momento, este processo atinge, crescentemente, os Governos Municipais.
Na construção do Estado, realmente democrático, este processo inicia-se, no seio da sociedade, através das mobilizações e articulações das entidades e instituições que representam os quatro segmentos básicos dos Conselhos de Saúde. Sempre em função da sua representatividade, legalidade (devem ser legalmente constituídas, com estatutos registrados e atas das eleições e reuniões), e legitimidades.
A pouca clareza sobre os limites entre as competências dos Conselhos de Saúde e dos órgãos típicos de Gestão, é conseqüência da baixa experiência acumulada, e de alguns equívocos e conflitos que afloraram no início, encontrando-se agora em fase de superação. Do lado dos gestores, a reação inicial de incômodo com as atividades dos Conselhos, e sua rotulação fácil de “basistas”, “corporativistas”, “partidarizados” e “dificultadores da eficiência da gestão”. Do lado dos Conselhos de Saúde, a reação inicial de crítica negativista direta aos gestores, e sua rotulação fácil de “incompetência”, “burocratismo”, “fisiologismo”, “cooptação”, “autoritarismo” e “corrupção”.
Todas as rotulagens fáceis correspondem, em ambos os lados, não a desvios reais e existentes, mas em regra, exageradas e generalizadas, fruto das inseguranças e preconceitos de ambos os lados.
Apesar dos Conselhos de Saúde integrar a estrutura legal do Poder Executivo (Gestão do SUS), suas atribuições encontram-se limitadas ao espaço privilegiado e bem identificado de atuação na formulação de estratégias e no controle da execução das políticas de saúde. Por isso, os Conselhos de Saúde devem reconhecer as competências típicas da Gestão, que são: Planejamento, Orçamentação, Programação, Normatização, Direção/Gerência, Operacionalização/Execução e Controle/Avaliação.
Por isso, as disputas dos vários projetos de Sociedade não podem e nem devem trazer para dentro dos Conselhos, os confrontos: Situação governamental X Oposição; Um partido X Outro partido; Estado X Sociedade; Corporação X Corporação; Corporação X Sociedade; e outros.
Estes conflitos são próprios das lutas democráticas. É oportuno lembrar que, os interesses e forças contrárias ao SUS e ao novo modelo assistencial e de gestão são ainda capazes de pressionar e influenciar importantes setores da área econômica, núcleos de poder e da própria sociedade, para impedir mudanças. Por outro lado, a competência das discussões e aprovações no Conselho de Saúde, envolvendo os segmentos e entidades mais diversas da sociedade, no Conselho representado, numa mesma deliberação, isto pode mobilizar força política capaz de continuar construindo o SUS, inclusive, quando a deliberação não é homologada.



O Controle Social, um direito e um dever do cidadão.





O Sistema Único de Saúde é uma conquista da sociedade brasileira. Ele é fruto da luta por um sistema de saúde que atenda a toda a população, sem nenhum tipo de discriminação. Ele ainda não é perfeito, há uma enorme dificuldade de acesso aos serviços básicos, de urgência, às consultas. Não é possível esconder essa realidade, pois somente enfrentando esses problemas iremos garantir a qualidade dos serviços. Estas são palavras do então Ministro da Saúde Humberto Costa, escrito no Prefácio do Relatório Final da XII Conferência Nacional de Saúde. Isto demonstra que estes problemas não são de foco local, há uma universalidade em todo o País.
Em virtude desta universalidade é que devemos encarar este enfrentamento através de debates em todos os estados, municípios, entidades e em sociedade, fortalecendo a participação popular, (controle Social).
O Controle Social, por meio dos conselhos de saúde, que representam de fato e de direito a sociedade, tem papel fundamental no aprofundamento dos temas que tenham relevância à sociedade, como a implementação das políticas de saúde que atendam às necessidades locais e na fiscalização da aplicação dos recursos. Não adianta garantir mais e mais recursos se estes não forem gastos de forma adequada e no benefício de toda a comunidade. Estas também são palavras do então Ministro da Saúde Humberto Costa, escrito no Prefácio do Relatório Final da XII Conferência Nacional de Saúde. O que nos remete a importância do controle social em nosso Município.
Devemos nos lembrar sempre do conceito amplificado de saúde; Saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, lazer, liberdade, acesso a e posse de terra e acesso aos serviços de saúde. É assim antes de tudo, o resultado das formas de organização social de produção, as quais podem gerar desigualdades nos níveis de vida – VIII Conferência Nacional de Saúde – 1986.
Nós na sociedade devemos estar atentos aos Princípios Fundamentais do SUS, Universalidade, Eqüidade e integralidade, só assim poderão planejar algo que funcione.
Na Primeira Conferência Municipal de Saúde de Sanclerlândia não podemos perder a oportunidade de sermos os senhores de nossa vontade, vai ser ali que traçaremos as diretrizes a serem implementadas na saúde, se nós queremos mudar algo ou alguma coisa, o momento é agora.
O controle social é o instrumento mais eficaz na prevenção da corrupção, mau que aflige todo o País, portanto cabe a todos realizá-lo, independente de classe social, cor, credo ou condição social. Quem se esquiva deste direito acaba por determinar o futuro do seu próximo, ao não optar pelo controle social a sociedade entrega, de mão beijada, ao corrupto a oportunidade de exercer seu mau. Não existe forma de se esquivar, a final você nunca sabe quando e onde você vai precisar dos serviços do SUS.


IDEOLOGIA DO ESTADO

A ideologia de Estado está centralizada nos princípios básicos da Constituição da Republica Federativa do Brasil, onde as garantias individuais e coletivas estão devidamente estabelecidas, o que determina o Estado de Direito. Desta forma a Constituição é o caminho, os trilhos por onde o Estado Brasileiro deve caminhar.
Com base nestas palavras se pode dizer que a Ideologia apresentada pelo Estado Brasileiro é um aglomerado de princípios de liberdade, de justiça, de igualdade e de fraternidade. Estes ideais são a base ideológica do povo brasileiro, estão presentes em todos os cantos do País, contudo, muitas vezes são superadas pela ideologia de Governo.


IDEOLOGIA DE GOVERNO

Está centrada na busca de tornar justificáveis as atitudes tomadas pelo Governo, como sendo as mais corretas. Para isso são utilizados todos e quaisquer meios, como os de comunicação de massa, os livros didáticos, as novas Leis e Decretos, sempre aprovados com o intuito de o Estado Justificar sua forma de Governo, onde as medidas tomadas sempre são em prol do bem estar do povo, tudo é feito em nome do povo, pelo povo e para o povo.
Portanto, há momentos que a ideologia de Estado e de Governo é conflitante. E por isso que a 13º Conferência Nacional de Saúde pretende lutar por uma Política de Estado para a saúde e não de Governo.
Foi com a mesma intenção que o Conselho Municipal de Saúde de Sanclerlândia buscou na Pré-Conferência Municipal de Saúde de Sanclerlândia e na 1ª Conferência Municipal de Saúde alcançar o mesmo objetivo, estabelecer diretrizes a serem implantadas e implementadas na saúde através de inserção de emendas no Plano Municipal de saúde.
Na VI Conferência Estadual de Saúde do Estado de Goiás, os nossos delegados municipais, buscaram a inserção de nossas propostas ao relatório final da Conferência Estadual, o que ocorreu, e agora será levado a Brasília.
Um dos palestrantes falou sobre o utópico viável, ou seja, realizar um sonho de maneira viável, o que parece distante iria aos poucos se aproximando da realidade. Seria o ponta pé inicial para a transformação de uma realidade ruim em algo factível e que poderia dar bons frutos no futuro próximo, sempre de olho nas melhorias das condições de saúde da população do Município, que através de cada meta alcançada poderia criar um novo utópico viável, até que em algum momento possamos estar realizando todas as metas que necessitamos para a nossa saúde.




FORMA DE OBTENÇÃO DO CONTROLE DA SOCIEDADE PELO ESTADO

O Estado emprega hoje todos os meios lícitos e ilícitos para manter a sociedade controlada, mantêm controle sobre os sindicatos, entidades de classe e organizações sociais. Utiliza desde distribuição de benefícios aos lideres destas organizações indo até o uso do terrorismo de Estado (medo).
Através do medo controla a consciência da Sociedade, que proibida de pensar e agir, não se mobiliza, criando a imobilidade social, o que leva o Poder Público a controlar todos os órgãos responsáveis pelo Controle Social, pela fiscalização do Poder Público e por fim tudo que o povo almeja.





FORMA DE OBTENÇÃO DO CONTROLE SOCIAL DO ESTADO

Deve passar prioritariamente pelos valores da democracia, pelo diálogo, pela discussão dos temas relevantes. Ora, isso é extremamente injusto, o controle social deve viver das migalhas do Poder, afinal quem deveria arcar com as despesas de seu funcionamento seria o Estado, que não o faz e ainda se gaba por não fazê-lo. Os caminhos da Lei são lentos, levam tempo, tempo para convencer o Ministério Público, o Poder Judiciário e também os próprios membros das Entidades que formam os próprios Conselhos, fenômeno que acaba por chegar até aos próprios Conselheiros.
Na buscar pelo diálogo, sempre, são necessários dois lados, como conversar e discutir não se faz sozinho. Um lado só não pode manter diálogo e sim monólogo.



Crescimento Sustentável X Desenvolvimento Social.



O Município de Sanclerlândia passou por mudanças nos seus aspectos culturais, econômicos e sociais. Estas mudanças tiveram por base ações que levaram ao desenvolvimento da indústria, o que gerou um plano de fomento à economia. Esse plano é sustentado, principalmente, em dois programas: um de desenvolvimento rural e outro de desenvolvimento da indústria, comércio e serviços. Tudo com foco na geração de emprego e renda. O Município contava em 2001 com apenas uma fábrica que gerava apenas cinco empregos. Hoje são 20 fábricas com 380 empregos formais. E a previsão é de instalação, em breve, de mais cinco delas com geração de mais 300 empregos diretos. Segundo palavras do secretário de Planejamento de Sanclerlândia, José Nadir de Faria. “Entre as iniciativas responsáveis por esses resultados estão os incentivos tributários, como isenção por até dez anos de ISS (Imposto sobre Serviços) para novas empresas instaladas, a doação de lotes, o auxílio na construção de galpões e nas contas de água, de energia elétrica e aluguel por determinado período para quem está iniciando o negócio. Tudo de acordo com o projeto que será desenvolvido pelo empreendimento.”
A cidade passou a ter mais visibilidade, abriram-se as portas para apoios governamentais e para novos investimentos, os empreendedores começaram a acreditar nos projetos e os resultados acabaram acontecendo. O maior resultado foi à elevação da auto-estima da população, que passou a acreditar mais no seu potencial e no do município. A sociedade também passou, cada vez mais, a pensar, agir e a discutir as ações Governamentais. Com esta visão empreendedora, passou a buscar por melhorias também nas condições de saúde, transporte, liberdade o que gerou o aumento de uma consciência, crítica, por uma melhor política social no Município.
Ainda esperamos pelo desenvolvimento social, pois embora o Município mantenha um bom serviço em termos de educação, na saúde o efeito da perda de renda foi catastrófico, paralisação, ainda que parcial, do Hospital Municipal São Vicente de Paula, falta crônica de medicação, falta de condições de trabalho por parte dos Profissionais da área de saúde, falta de uma política de Atenção Básica a saúde, falta de investimento na formação e atualização dos Profissionais da área da saúde e muitos outros problemas relacionados e co-relacionados com a saúde.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste ano e pouco que o Conselho Municipal de Saúde de Sanclerlândia atuou em busca da defesa do direito do cidadão a uma saúde de boa qualidade. Foi observado que a Administração Pública Municipal nunca buscou o diálogo, optou sempre pelo confronto direto, muitas vezes, de forma covarde, através da violência física ou de ameaças a integridade física e moral dos companheiros Conselheiros.
Este Conselho embora atuante, pouco realizou, por que sem informações não se pode estar analisando nada, e a Administração Pública tornou o acesso as informações inviáveis, fechando as portas do Controle Social.
O pouco realizado traz a marca de Mulheres e Homens de fibra, que não se deixando intimidar aceitaram o embate de peito aberto, porém, o resultado final foi pior que o esperado.
A Administração Pública em Saúde ao invés de colocar a casa em ordem, fez o contrário, destruiu o que já era pouco e não foi capaz de organizar meios de sanar e contornar os problemas já existentes e o que é pior criou ela mesma mais problemas insolúveis, será que este fato é uma forma de culpar o Conselho de Saúde pela falta de compromisso com a coisa do povo, realizado única e exclusivamente pela Administração Pública?